Agricultura orgânica é tema de destaque em ações e projetos institucionais

Professor Andrioli fará neste ano sua quarta participação no Fórum Orgânico Mundial
A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) tem ampliado seu protagonismo em ações de agricultura orgânica e agroecologia, tanto em nível regional quanto internacional. Em junho, o professor Antônio Inácio Andrioli representará a instituição, pela quarta vez, no Fórum Orgânico Mundial, na Alemanha — um dos principais eventos globais sobre os direitos dos camponeses.
O encontro acontece nos dias 30 de junho e 1º de julho em Kirchberg an der Jagst, e abordará o tema: “Da revolta aos direitos: a luta por justiça para os camponeses de antes e de agora”, dialogando com os 500 anos da Guerra Camponesa Alemã e com a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Camponeses (UNDROP).
Andrioli ministrará a conferência “Como fortalecer a declaração dos direitos dos camponeses no Brasil?”, destacando a experiência da UFFS na promoção do desenvolvimento sustentável. “A UFFS precisa estar presente em todos os espaços onde se discute o futuro da agricultura e os problemas das comunidades rurais. A internacionalização passou a ser um dos grandes eixos de atuação das universidades”, ressalta o professor.
Projetos de impacto local e regional
A UFFS também se destaca por iniciativas de pesquisa e extensão voltadas à agricultura orgânica:
- O Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável (PPGADR), do campus Laranjeiras do Sul no Paraná, com 126 dissertações defendidas, atua na consolidação de um doutorado multidisciplinar na área.
- Em maio, foi realizado o Encontro Técnico da Cultura do Morangueiro, reunindo agricultores, estudantes e pesquisadores.
- Em junho, na III Jornada da Natureza foram apresentadas pesquisas sobre o cultivo da palmeira Juçara, espécie nativa da Mata Atlântica, atualmente ameaçada de extinção.
Agroflorestas e formação cidadã
No Campus Chapecó, o projeto “Desenvolvimento de Agroflorestas”, coordenado pelo professor Geraldo Ceni Coelho, alia ensino, extensão e sustentabilidade. A iniciativa envolve docentes, estudantes e parcerias com entidades como a Associação dos Pequenos Agricultores do Oeste Catarinense (Apaco).
Coelho destaca que uma das atividades do projeto “Desenvolvimento de Agroflorestas” ocorreu na Escola Lídia Remus, localizada no distrito de Alto da Serra, em Chapecó. Na escola foi constituída uma agrofloresta, que tem sido palco de diversas atividades de cunho formativo para os estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
Capacitação para agricultores familiares
Outro destaque é o projeto “Capacitação e Transição Agroecológica”, coordenado pelo professor Paulo Roger Lopes Alves. Com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Fetraf-SC, a ação atende cerca de 500 famílias em quatro regiões de Santa Catarina (Extremo-Oeste, Oeste, Alto Vale e Sul). O foco é a implementação do Sistema de Plantio Direto em Hortaliças e Grãos (SPDH+) e outras práticas sustentáveis, além de pesquisas sobre a fertilidade biológica do solo em propriedades rurais.
Integração com políticas públicas e redes sociais
A UFFS também atua na formulação de políticas públicas voltadas à agroecologia e no incentivo ao turismo rural. Após o Circuito de Agroecologia de 2024, a instituição trabalha na proposta de uma rota de turismo agroecológico no oeste catarinense, articulando sustentabilidade, economia solidária e valorização da cultura camponesa.
Do campo ao mundo
A presença no Fórum Orgânico Mundial e o fortalecimento de projetos locais evidenciam o compromisso da UFFS com a produção de conhecimento transformador, que dialoga com os desafios globais e valoriza os saberes locais. “A UFFS precisa se internacionalizar cada vez mais, participar de temas mundialmente impactantes e ligados à sustentabilidade da vida humana no planeta. Estar representado em eventos dessa envergadura, consolida a importância da produção científica local e a conecta com questões de relevância planetária, o que também fortalece a nossa pós-graduação, a publicação conjunta e novas perspectivas de intercâmbio para estudantes e pesquisadores entre instituições que atuam nessa mesma perspectiva””, conclui Andrioli.
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